Moraes nega pedido de Bolsonaro para transmitir vídeos durante interrogatório
Até o momento, nenhum dos réus já escutados pediu uma autorização do tipo

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para transmitir vídeos durante os interrogatórios no STF (Supremo Tribunal Federal) da ação sobre tentativa de golpe de Estado em 2022.
A mensagem, formalizada pela defesa do ex-presidente, requer “autorização para transmitir vídeos durante o interrogatório, com a utilização de telão e quaisquer outros recursos midiáticos e audiovisuais que se façam necessários”.
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Até o momento, nenhum dos réus já escutados pediu uma autorização do tipo.
Segundo Moraes, no interrogatório, o réu e sua Defesa podem utilizar, apontar e fazer referência a qualquer prova presente nos autos, “porém, não é o momento adequado para apresentação de provas novas, ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes”.
Antes da retomada da sessão, Bolsonaro previu um interrogatório longo. “[Se puder] ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, adiantou. Ele pretende “fazer retrospectiva”, de modo a defender que a tentativa de golpe “não cai na presidência”.
Além da expectativa, o ex-presidente também afirmou que “o golpe não existiu”.
Dinâmica
Dos oito réus do “núcleo 1″, Bolsonaro será o sexto a depor. Isso porque foi estabelecida uma ordem alfabética para organizar os interrogatórios, com exceção de Mauro Cid que, por ser o delator da ação, foi o primeiro a falar.
Os réus estão sentados da direita para a esquerda, na seguinte ordem:
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
Os interrogatórios dos réus do “núcleo 1″ começaram nessa segunda-feira (9), com as falas do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem.
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