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Terreno do antigo Aeroporto Carlos Prates, em BH, vai dar espaço a novo bairro com 4.500 moradias

Projeto também prevê parque verde, restaurante popular, estação de integração do transporte público, escola e UPA; veja detalhes

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Novo bairro tem projeto que vai priorizar deslocamentos não motorizados
Novo bairro tem projeto que vai priorizar deslocamentos não motorizados

O terreno onde funcionou o Aeroporto Carlos Prates até 30 de maio deste ano, na região noroeste de Belo Horizonte, vai abrigar um novo bairro.

O espaço vai contar com 4.500 moradias e serviços públicos como parque verde, restaurante popular, estação de integração do transporte público, escola e UPA. Os detalhes do projeto foram divulgados pela prefeitura na manhã desta segunda-feira (17).

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A prefeitura realizou estudos e 17 reuniões com moradores e lideranças para definir o projeto, que ainda pode ser adaptado. A avaliação inicial aponta que o terreno tem elevado coeficiente de aproveitamento. A informação indica, segundo a prefeitura, que o espaço favorece a população habitacional com elevada densidade e existência de serviços públicos.

Das 4.500 moradias previstas, 2.200 serão de baixa renda e 950 de renda média. Segundo a prefeitura, as 30% restantes (1.300) serão de livre comercialização. As obras serão feitas com recursos próprios do município, com convênios do Governo Federal e possíveis parcerias com a iniciativa privada.


As estruturas de lazer vão contar com centro cultural, pista de skate e um centro esportivo com quadra.

"É importante ressaltar que essa é uma proposta inicial feita com base em conversas com a população e dados que temos na secretaria. A ideia é levar vários serviços, mas iniciaremos também uma série de conversas com a população para entender se estas são as demandas e apurar a proposta. No futuro, isso vai ser objeto de um licenciamento de impacto, onde vamos discutir a disposição dos equipamentos com base em estudos mais aprofundados", comentou Pedro Maciel, subsecretário de Planejamento Urbanístico.


Atualmente, a prefeitura tem a guarda provisória do terreno de 500 mil metros quadrados. A expectativa do Executivo é que o Governo Federal conclua a transferência total até setembro deste ano. Ainda não há data prevista para início das obras.

Mobilidade

A proposta prevê que a área residencial e com maior densidade fique concentrada nas bordas do novo bairro para aproveitar a continuidade da malha urbana existente e reduzir deslocamentos até as áreas de serviços e comércios.

A expectativa é que a região ganhe vias para ligar o bairro à Avenida Pedro Segundo e ao Anel Rodoviário, principais das redondezas. Uma nova estação do transporte público também deve ser construída na área, a Estação de Integração São José.

Um dos focos do projeto está na construção e incentivo de uso de ciclovias, que vão interligar os principais pontos do bairro. O trânsito de veículos vai ser concentrado nas vias principais, de modo que a região tenha ruas calmas, com calçadas largas e arborizadas, de modo que priorizem o deslocamento não motorizado. O esboço apresentado pela prefeitura ainda prevê a construção de duas travessias sobre o Anel Rodoviário.

"Hoje o plano identifica essa área como uma área propícia a um adensamento no sentido que estamos propondo inicialmente. Os estudos que temos na subsecretaria apontam uma baixa densidade populacional para aquele local. É uma área de ocupação consolidada, mas temos em maioria habitações muito familiares ali. A ideia é que a questão do trânsito e ambiental sejam objeto de estudo mais aprofundados nesta fase do licenciamento. Dali vão sair as diretrizes de como vamos lidar com esse impacto de forma responsável, aumentando o número de unidades sem trazer problemas para cidade e quem já reside no local", comentou o subsecretário.

Projeto concentra residências nas bordas do bairro
Projeto concentra residências nas bordas do bairro

Histórico do aeroporto

O Aeroporto de Carlos Prates abriu as portas em janeiro de 1946. Antes de ser fechado, ele abrigava um aeroclube dedicado à formação de pilotos, aviação desportiva, manutenção e construção de aeronaves. O aeródromo fica em uma área de 547 mil metros², no bairro de mesmo nome, em uma região prioritariamente residencial. Ele não era usado para voos comerciais.

O fechamento da pista era uma demanda antiga dos moradores e o assunto voltava à tona quando ocorriam acidentes ligados ao aeródromo. O último foi em março deste ano, quando um monomotor que iria pousar na unidade caiu sobre duas casas. O piloto morreu.

Em 2019, dois aviões caíram na mesma rua do bairro Caiçaras, vizinho ao aeroporto, em menos de seis meses. No primeiro acidente, o piloto morreu. No segundo, as vítimas foram o piloto, um ageiro e duas pessoas que estavam na rua.

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