Após alta do PIB puxada pelo agro, Alckmin prevê safra 10% maior e queda nos preços
Ao ser questionado sobre a queda da indústria, o vice-presidente afirmou ser algo ‘cíclico’ e mencionou resultados positivos anteriores
Economia|Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) comentou nesta sexta-feira (30) o índice trimestral do PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 1,4% em relação ao final de 2024. O resultado, puxado pelo agro, deve ser acompanhado de um crescimento de mais de 10% da safra, o que deve desacelerar os preços, segundo Alckmin.
“O clima está muito bom, então, a safra deve ser recorde. Nós deveremos ter aí mais de 10% de crescimento da safra, e a boa notícia para a economia: com a safra maior, o preço deve cair para o consumidor”, disse, em conversa com jornalistas.
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Nos dados divulgados nesta sexta pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a agropecuária teve alta de 12,2% nos três primeiros meses de 2025. Já a indústria teve queda de 0,1%.
Ao responder sobre o motivo da desaceleração da indústria, Alckmin minimizou o cenário e focou nos resultados positivos do último ano.
“Isso é cíclico. Nós tivemos um crescimento grande da indústria no ano ado. O PIB cresceu 3,4%. A indústria de transformação cresceu 3,8%. Se pegar, por exemplo, a área automotiva, o mundo ano ado cresceu 2%. Brasil cresceu 9,7%. Cinco vezes a média mundial. Indústria de bens duráveis, geladeira, fogão, máquina de lavar, linha branca cresceu também forte. Então nós já estávamos no patamar mais alto” pontuou.
Mudanças no IOF
O vice-presidente também falou sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que tem enfrentado rejeição pelo Congresso Nacional. Para Alckmin, os recursos arrecadados com a medida são necessários para conter os juros e manter o déficit zero.
“É necessário o recurso. Essa medida do IOF é exatamente para evitar aumento ainda maior da taxa de juros e até ajudar que ela possa cair mais depressa. E, portanto, manter o déficit zero do ponto de vista fiscal”, disse.
Ele reforçou também que o governo se mantém otimista com a proposta, apesar de estar preocupado com o valor alto da taxa Selic.
“Se houver uma proposta melhor, há que se discutir. Mas o recurso é necessário e foi bastante discutido. É uma proposta importante. Nós estamos otimistas. Eu acho que o Brasil tem tudo para poder ter um crescimento melhor ainda este ano. O que nos preocupa é a taxa de juros muito elevada”, reforçou.
*Sob supervisão de Bruna Lima
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